terça-feira, 18 de novembro de 2008

O conflito


O risco de uma catástrofe humanitária na região do Congo aumenta a cada dia. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) cerca de 45 mil pessoas deixaram campos de deslocados no leste do Congo nas últimas semanas fugindo dos rebeldes.

Eles ameçam tomar Goma, capital da província de Kivu do Norte e uma das maiores cidades do leste do país.

Além de tudo o governo do Congo acusa Ruanda de apoiar o general Nkunda com artilharia pesada. Ruanda nega as acusações, embora tenha invadido o Congo duas vezes nos últimos anos.

O presidente de Ruanda, Paul Kagame, é um ex-combatente tutsi, líder da Frente Patriótica do Ruanda, FPR, que participou no derrube do regime responsável pelo genocídio.

Já o exército Congolês é acusado de apoiar os rebeldes hutus tanto nos armamentos e confrontos quanto na exploração de minas na região.

Isso leva alguns analistas a afirmar que seria possivel que Ruanda estivesse usando as forças do general Nkunda para pressionar o Congo a cumprir a sua promessa de desarmar as milícias hutus.
Refugiados congoleses buscam abrigo em uma igreja abandonada em Shasha (Foto: Lynsey Addario/NYT)


Todos os envolvidos no conflito são acusados de atrocidades contra civis/ site:bbc


Refugiados buscaram a ajuda da ONU (foto AP) / site:bbc


Milícias no Congo: mortes e conflito étnico : site bbc



Militares do Congo durante batalha contra tropas do general Laurent Nkunda, próximo ao bairro de Kahomba (Foto: Lynsey Addario/NYT)


Refugiados congoleses descansam em estrada da cidade de Goma (Foto: Lynsey Addario/NYT)

Lutas no Congo

Parece que a África esta novamente revivendo o genocídio que aconteceu em 1994 em Ruanda.
O motivo para os novos confrontos não está muito claro, mas o general Laurent Nkunda que lídera grupos de rebeldes diz que está defendendo sua etnia tutsi de ataques por parte de rebeldes ruandeses da etnia hutu.
Entre esses rebeldes, segundo Nkunda, estariam ruandeses acusados de participar do genocídio ocorrido em Ruanda em 1994, que se auto denominam Frente Democrática de Libertação do Ruanda, FDLR.
No genocídio em Ruanda, milícias extremistas hutu e integrantes do Exército ruandês foram acusados de cometer um massacre. Em 100 dias cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados foram chacinados.
O governo do Congo repetiu inumeras vezes que impediu milicias hutus de usarem o seu territótio, porém ate agora não cumpriu,então um acordo de paz assinado entre o governo e os rebeldes em Janeiro foi suspenso.
No entanto, alguns analistas afirmam que os confrontos poderiam ter outro motivo. O leste do Congo é rico em recursos naturais, como ouro, e a luta poderia ser pelo controle dessas riquezas.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Recursos Minerais (link video do youtube)

A África é um continente rico em recusros minerais, detém cerca de um décimo das reservas mundiais de petróleo e de gás natural, e presentemente satisfaz quase um décimo dessa produção mundial.
Se a África tivesse um consumo doméstico quatro ou cinco vezes superior, ao nível dos países de rendimento médio, absorveria totalmente a produção e não teria excedentes. Ela atrai a ganaciosa atenção das potências político-econômicas dependentes de recursos energéticos, como a Europa e os EUA.
Ela é cobiçada pelo imperialismo enquanto é rica em questão de recursos e pobre em relação ao nível de vida de seus habitantes.
Com a corrida para a exportação de seus recursos a Africa estará entrando em um caminho sem volta, pois eles vão se esgotando e não sobrará nada para o futuro desenvolvimento deste continente que se afundará cada vez mais.
Para mencionar apenas alguns produtos de maior valor econômico ou tecnológico, e os seus maiores produtores neste continente: Diamantes (na Botswana, R.D. Congo, R. Sul-Africana e Angola); Ouro (R Sul-Africana, Ghana, Mali, Tanzânia); Platina e afins (R. Sul-Africana), entre outros.
«Para África, a presente corrida aos recursos naturais com destino à exportação pode ser um caminho sem retorno, na medida em que acabe por ficar despojada de recursos escassos, fundamentais ao seu desenvolvimento económico futuro, como são os hidrocarbonetos – petróleo e gás natural, desse modo ficando fortemente ameaçada a viabilidade de prosseguir para etapas superiores de valorização industrial das suas próprias matérias-primas. Há uma janela de oportunidade no tempo, que se abriu logo após a libertação nacional, mas que já está em vias de fechar-se»
(Rui Namorado Rosa)